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quarta-feira, julho 26, 2006
Enquete-Sagoma
o que é visível e o que não é visível?
o que é ser visto? e o que é não ser visto? qual a importância disso?
o que vemos é necessariamente real? existe? e o que não vemos?
podemos acreditar naquilo que vemos? e naquilo que não vemos?
podemos ver ou não ver aquilo em que acreditamos?
o que vemos é mais sólido do que o que não vemos?
"morrer é apenas não ser visto"? a existência é relativa? a morte é relativa?
"a morte é para os que morrem. será?"
podemos explicar a vida através daquilo que vemos ou daquilo que não vemos ?
a visão é um sentido emocional ou racional?
o que imaginamos é necessariamente irreal?
a imaginação é uma forma de visão? qual é mais sólida?
qual a porcentagem de coisas imaginárias que há em nosso dia-a-dia?
como lidamos com as coisas imaginárias e que não existem (ou que não vemos) em nosso dia-a-dia?
a memória e a nostalgia são artifícios da imaginação para manter algo vivo?
o que só é visivel no conjunto e não na unidade?
o que é visto somente na unidade e nunca no conjunto?
não ser visto é ser ignorado? ser ignorado é não ser visto? pode-se ser visto e tb ignorado?
ver é prova de existência? ou não ver, de ausência?
e se fossemos todos cegos, se nascessemos todos cegos, como seria a concepção de mundo?
qual hierarquia dos sentidos, a visão é superior a qq dos outros sentidos? em quais situações?
"vemos" com os outros sentidos?
nossos sonhos são vistos?
ilusões em conjunto se tornam realidade?
quando vemos uma imagem, quanto dela nós vemos e quanto dela nós imaginamos a partir do nosso acervo de imagem da memória, pois focamos somente o principal?
Maurício Alcântara | 23:07  | 2 comentários

quarta-feira, julho 05, 2006
Preciso subir ao palco?
No dia da última apresentação da peça, enquanto o público entrava no teatro e tomava seus lugares ao som de Billie Holiday e Ella Fitzgerald, eu fiquei um tempinho lá embaixo, como fiz na apresentação anterior, antes de subir para cuidar do som. Fiquei perto da escada que dava acesso ao palco, onde a platéia se sentaria. Várias pessoas estranharam o fato de terem de subir ao palco: algumas gostaram, outras relutaram. Teve gente que queria assistir das cadeiras vazias da platéia. Entre estas pessoas, uma menina que, quando expliquei que a platéia não oferecia visibilidade, me perguntou se precisaria mesmo subir no palco. Respondi apenas que sim, mas na verdade, minha vontade era de dizer mais, para todas aquelas pessoas:

Sim, você precisa. Felizmente. Não queremos que você seja apenas uma expectadora de nosso trabalho, queremos que seja cúmplice, participante, presente, próxima. Não precisa decorar papel, não precisa de figurino, não precisa nem sequer sair de sua cadeira ou banquinho ou colchonete. Sua participação é com sua reação, com seu envolvimento, você participa estando conosco e viajando conosco na história que vamos contar. E não há o que temer: o palco é a área iluminada do teatro, onde está a luz. É o lugar onde as ilusões se tornam realidade, onde as realidades se tornam ilusão, onde a criatividade pulsa.

Queremos compartilhar isso com você. Não fazemos questão de apenas entretê-la - nosso objetivo é envolvê-la. E para isso, você fica aqui em cima, no palco, conosco. De costas para a platéia vazia, fria e inanimada. Vamos demolir juntos a maldita quarta parede e expandir este espaço infinitamente. Isso é teatro: vivo, pulsante. E se no final nosso espetáculo não agradou, perdoe nossa imaturidade e nosso amadorismo. Esperamos conseguir envolvê-la com a magia do teatro em nossos próximos espetáculos. E para isso, esperamos que você esteja presente.
Maurício Alcântara | 10:10  | 10 comentários